Prezados amigos visitantes do blog
Estamos num período de descanso - férias - voltaremos com novos posters no dia 01 de fevereiro.
Grato pela atenção - Claudemir Gomes
O presidente do Sport, João Humberto Martorelli, bem que tentou impedir a liberação de venda de bebidas alcoólicas no estádio da Ilha do Retiro, mas sofreu uma avassaladora derrota no Conselho Deliberativo. A matéria foi posta em votação e dos 48 conselheiros presentes à reunião, apenas dois votaram a favor do pleito do presidente, que não compareceu ao encontro, mas enviou uma carta onde ressaltou o seu esforço, através de uma cruzada que tem como objetivo diminuir os índices de violência no futebol pernambucano.
Martorelli tem tomado posições firmes e corretas no combate ao domínio das organizadas, que há anos espalham o terrorismo nas ruas do Recife e Região Metropolitana em dias de jogos. Isto é fato. Mas essas células que parecem mais o Estado Islâmico do futebol brasileiro, não são alimentadas única e exclusivamente por cervejas que são comercializadas dentro dos estádios. No período em que as bebidas alcoólicas não foram comercializadas a violência se propagou em alta escala. Além do mais, os vândalos utilizam muito mais drogas ilícitas do que bebidas.
Nós estávamos vivendo uma situação de extrema hipocrisia. O torcedor não podia tomar uma cerveja dentro da Ilha do Retiro, mas a uma distância de 50 metros, em vários bares existentes no complexo socioesportivo rubro-negro, as pessoas bebiam sem moderação. Não é duas ou três cervejas que um cidadão toma durante uma partida de futebol que o torna violento. O que o clube tem que fazer é disciplinar a venda dentro da sua praça de esporte, ou seja, as bebidas somente serão vendidas nos bares do estádio, não sendo liberada a venda nas arquibancadas através de vendedores ambulantes. Nenhum torcedor deixa o seu lugar, enquanto a bola rola, para ir buscar cerveja nos bares dos estádios. As bebidas são vendidas antes e na hora do intervalo. A questão é apenas de disciplinar, ordenar as vendas.
O presidente Martorelli já previa a derrota, e mandou apenas uma carta na qual ressaltava sua tese de ser contra a liberação da venda de bebidas. É bem verdade que ele se encontra ausente do País, mas acredito que, se houvesse chance de vencer esta queda de braço, certamente teria ocupado a tribuna do Conselho.
CLAUDEMIR
GOMES
A nacionalização do futebol brasileiro deve, num futuro
próximo, excluir os campeonatos estaduais do calendário. Isto é fato. Por mais que
se advogue a favor das competições domésticas que mantém acesa uma rivalidade
salutar, as federações têm dado uma contribuição substancial para este processo
de retirar esta célula do mapa. O maior exemplo é a atual edição do Campeonato
Pernambucano que apequenou a disputa de tal forma que põe em risco toda uma
estrutura estadual, visto que, pelo processo em curso, restarão os três grandes
clubes do Recife - Sport, Náutico e Santa Cruz - e poucos clubes do Interior.
O problema não foi criado em Pernambuco, faz parte de um
contexto nacional, cujo modelo implantado a partir da década de 80 é elitista e
excludente. A nacionalização tenta seguir o modelo europeu, sem levar em
consideração a extensão do território brasileiro, fato que provocou um processo
seletivo sem respeitar algumas regiões que foram duramente sacrificadas.
A nacionalização se arrasta há 30 anos e ainda não foi
feito um ajuste para corrigir falhas graves e injustiças. Causas e efeitos são
observados através das mudanças feitas em algumas competições, a extinção de
outras, e o empobrecimento do futebol Norte e do Nordeste onde é notória a
falência de clubes tradicionais e o surgimento de forças emergentes sem
consistência para dar sustentação ao crescimento.
O atual modelo do Pernambucano enfraqueceu sobremaneira
os clubes do Interior, tornando a maioria agremiações sazonais, uma vez que,
dos doze clubes que participam da competição, seis disputam apenas uma
competição por anos, ou seja, trabalham apenas quatro dos doze meses existentes
no calendário. A nacionalização é inevitável, mas as federações não buscaram
alternativas de sobrevivência para os filiados.
A primeira rodada do Pernambucano 2016 foi uma prova
inconteste da falência dos estaduais. A liberação de um estádio para um jogo
com portões fechados - Estádio Ademir Cunha - por falta de apresentação de
laudos, traduz a qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido pela entidade
que comanda o futebol estadual.
Resultados da primeira rodada do Pernambucano 2016:
Porto 0x0 Central; Belo Jardim 0x0
Atlético Pernambuco; América 2x2 Pesqueira e Vitória 1x1
Serra talhada.
Blog do RODRIGO MATTOS
A disputa entre Globo e Esporte Interativo pelos direitos do Brasileiro pode gerar um imbróglio jurídico que deixe sem transmissão na TV Fechada certos jogos do campeonato a partir de 2019. Isso ocorrerá caso cada uma das emissoras acerte com um bloco de clubes, um cenário bem possível no momento. Por enquanto, não há interesse de nenhuma emissora na TV Aberta.
A Globo já fechou com dez times, segundo informou a alguns cartolas. Corinthians, Vasco e Botafogo são alguns deles. Já o Esporte Interativo negocia com um grupo que tem entre sete e dez equipes, incluindo Grêmio, Inter, Santos, Fluminense, entre outros. Sua proposta é bem mais vantajosa financeiramente.
Pela Lei Pelé, artigo 42, os direitos de transmissão pertencem as entidades de práticas desportivas (clubes). Na prática, os dois times envolvidos têm o direito sobre uma partida. Se um deles não der autorização para transmissão, essa não pode passar na TV Fechada. Todos os cartolas de times ouvidos pelo blog deram essa mesma versão para a interpretação da lei.
Por isso, o Esporte Interativo precisa fechar com um bloco de clubes, ainda que os contratos sejam individuais. Assim, teria direito a um pacote de jogos realizados entre esses times para exibir. Ao mesmo tempo, o Sportv teria outro grupo de partidas.
Seria necessário um acordo entre as duas emissoras para que houvesse transmissão em tv fechada dos jogos entre times dos dois lados. Assim, cada emissora teria de ceder um pouco para negociar um ponto em comum e aumentar o número de partidas na televisão.
Esse cenário confuso só é possível por dois motivos: 1) com a implosão do Clube dos 13, acabou a negociação dos contratos coletivos do Brasileiro como era feito até 2011; 2) a hegemonia da Globo voltou a ser ameaçada por outra emissora, o que não ocorria há pelo menos uns dez anos. O blog tentou ouvir executivos da Globo e do Esporte Interativo, mas não obteve retorno.
IVAL
SALDANHA
tem feito umas postagens no Facebook de jogadores que marcaram época no futebol
pernambucano, se tornaram referências e ídolos.Sem dúvida, uma boa iniciativa
para manter viva a memória do nosso futebol.
RAÚL BETANCOR
(SPORT RECIFE):
Raúl
Higino Bentancor Ferraro, ou simplesmente Betancor, o número 10 da Ilha, nasceu
em Montevidéu, capital uruguaia, veio para o Sport Recife em 1959, a convite de
Walter Borel, outro jogador uruguaio que jogou no rubro-negro, oriundo do
Wanderers (Uruguai). Raúl Bentancor era um meia-atacante, que tinha liderança
dentro e fora de campo, muita habilidade, criava lindas jogadas e também
marcava gols, era um jogador de extrema calma e valentia. É considerado até
hoje, o melhor jogdor estrangeiro a atuar em Pernambuco. Considerado pela
imprensa em geral, durante muito tempo, como o maior jogador do Sport Recife de
todos os tempos. Ele nunca foi artilheiro do Campeonato Pernambucano, mas é o
oitavo maior artilheiro da história do Sport Club do Recife tendo marcado 91
gols. Em 1963 pendurou as chuteiras aos 33 anos para ser treinador. Faleceu em
Montevidéu aos 82 anos,no dia 4 de maio de 2012. Depois de Rivelino foi o maior
jogador de bigode que vi jogar. Ainda era garoto, mas vi, e me lembro muito
bem.
BIZU (NÁUTICO):
Cláudio Tavares Gonçalves, nasceu em São Vicente-SP,
começou jogando futebol profissional, no modesto Caçadorense- SC. Em 1989,
deixou o Palmeiras e veio para o Náutico, onde foi ídolo e artilheiro, adorado
pela torcida alvirrubra, Bizu era o centroavante matador, vacilou ele fazia o
gol, veloz e oportunista e de arremate potente. Em 1989, Bizu foi campeão e artilheiro
do Campeonato Pernambucano e também ganhou a Bola de Prata da Revista Placar no
Campeonato Brasileiro - Série A. Em 1990 ele não foi campeão estadual, mas
novamente foi artilheiro do Campeonato Pernambucano e da Copa do Brasil, onde
em 8 jogos, marcou 7 gols. Em 1991 foi jogar no Grêmio e em 1993 retornou ao
Recife para jogar no Sport. Bizu marcou 114 gols vestindo a camisa do Náutico e
é o sexto maior artilheiro da história do clube.tilheiro
do Campeonato Pernambucano e ganhou também a Bola de Prata da Revista Placar no
Campeonato Brasileiro- Série A. Em 1990, ele não foi campeão estadual, mas
novamente foi artilheiro do Campeonato Pernambucano e da Copa do Brasil onde em
8 jogos, marcou 7 gols. Em 1991, foi jogar no Grêmio e em 1993 retornava ao
Recife para jogar pelo Sport. Bizu marcou 114 gols vestindo a camisa do Náutico
e é o 6º maior artilheiro da história do clube..
PACOTI(SPORT RECIFE):
Francisco Nunes Rodrigues era seu nome de batismo. Apelido, Pacoti (Foto camisa do Sport-treino), atacante cearense do município de Quixadá, foi contratado pelo Sport Recife em 1958, egresso do Ferroviário-CE e logo foi campeão pernambucano e artilheiro do campeonato com 36 gols, recorde de gols em uma única edição. O recorde de Pacoti durou 23 anos, superado em 1981, pelo meia capixaba Baiano, do Santa Cruz, que marcou 38 gols. Quando terminou o campeonato, Pacoti foi para o Vasco da Gama jogar ao lado de Bellini, Orlando e Roberto Pinto.
TARÁ
(SANTA CRUZ/NÁUTICO):
O
pernambucano Humberto de Azevedo Viana, o Tará, começou jogando futebol, no
Mocidade de Beberibe em 1929. Marcou as décadas de 1930/1940, como um grande
artilheiro, sendo o primeiro jogador a ser artilheiro do campeonato
pernambucano em três edições: 1938, com 25 gols; 1940, com 20 gols; e a outra
foi jogando pelo Náutico em 1945, quando fez 28 gols. Tará foi o maior artilheiro
da história do Santa Cruz com 207 gols marcados, sendo seis vezes campeão
pernambucano (1931, 32, 33, 35 e 40 pelo Santa Cruz e em 1945, pelo Náutico)
Ele era policial militar e chegou ao posto de coronel. Para quem não sabe, a
tribuna de honra do Campo do Derby, leva o seu nome.