Histórico
Acontece
Primeiro ato de uma despedida
postado em 29 de maio de 2013

CLAUDEMIR GOMES


O jogo entre Náutico e Vitória/BA, hoje à noite, é o primeiro ato do espetáculo de despedida do Estádio dos Aflitos, palco das maiores conquistas do clube alvirrubro, inclusive do exclusivo hexa, um luxo do Século XX. Alguns torcedores chegaram a chamá-lo de "santuário", em decorrência da supremacia do time vermelho e branco. Os mais novos o apelidaram de "caldeirão". A disputa será emoldurada pelo saudosismo.

Santuário ou caldeirão, o certo é que o Náutico sempre soube tirar vantagem do mando de campo. O maior exemplo foi sua brilhante campanha na edição de 2012 da Série A, quando o time alvirrubro foi um dos mais objetivos como mandante. A fórmula é antiga, mas deve ser adotada pelo técnico Silas.

Náutico e Vitória são considerados clubes medianos na Série A, cuja meta é uma campanha de manutenção. O rubro-negro baiano estreou com um empate em casa, enquanto os alvirrubros foram derrotados como visitantes.

Se contabilizar os três pontos em disputa hoje à noite, o Náutico fatalmente deixará a zona de rebaixamento. Se emplacarem duas vitórias - hoje e domingo - os alvirrubros darão um grande salto na tabela de classificação.

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Artigos
Despesas financeiras asfixiam os clubes
postado em 29 de maio de 2013
Blog de blogdejj :BlogdoJJ, AS DESPESAS FINANCEIRAS ASFIXIAM OS CLUBES BRASILEIROS


JOSÉ JOAQUIM PINTO DE AZEVEDO - blogdejj.esporteblog.com.br


O mais novo trabalho da Pluri Consultoria foi divulgado no dia de ontem, e que será o primeiro de uma série analisando a saúde financeira dos clubes brasileiros, começando pelo impacto das despesas financeiras líquidas que corresponde a diferença entre as receitas e as despesas financeiras de cada um.

Do lado das receitas financeiras, foram computados as  aplicações financeiras, descontos recebidos, variação cambial ativa, recuperação de despesas, etc.

Entre os componentes das despesas financeiras estão os juros sobre empréstimos bancários e financiamentos, juros de mora, multas, despesas bancárias, encargos financeiros sobre impostos, IRRF sobre aplicações financeiras, IOF, descontos concedidos, variação cambial passiva, despesas com operação de cambio, etc.

Sobre o assunto temos postado vários artigos em que mostramos que se trata de uma despesa que asfixia os clubes e reduzem os seus ganhos, já que na maioria não gera receitas futuras.

A Consultoria analisou o Balanço de 25 clubes, e o Atlético-PR foi o único a apresentar receita financeira líquida de 20,2 milhões. Além dele, outros cinco mostraram números razoáveis: Atlético-GO, Vitória, Sport, Internacional e Avai, mesmo sendo negativos.

Por outro lado, o Flamengo apareceu em 1º lugar com a maior despesa financeira líquida, equivalente a 24% da receita bruta de R$ 212 milhões (R$ 51,8 milhões). Devemos ressaltar que o número tem caráter excepcional, desde que a sua nova diretoria optou por corrigir todos os passivos que não vinham sendo adequadamente registrados nos balanços anteriores.

O Botafogo aparece em segundo lugar com despesas equivalentes a 22,6% das receitas brutas, e o Fluminense surge na terceira, com despesas iguais a 18,5% das receitas brutas. Coincidentemente 3 clubes do futebol carioca.

A Pluri quando apresentou o quadro geral fez uma importante ressalva, e que concordamos inteiramente, e que está refletida no fato de muitos clubes não contabilizam adequadamente os seus passivos com as devidas correções, como acontecia no rubro-negro carioca, e assim sendo essas despesas são maiores do que a realidade apresentada nos balanços.

A continuidade do ranking se dá com a Portuguesa, que teve -16,0% na relação despesas financeiras/receita bruta. A seguir vem o Corinthians (-15,6%), Bahia (-14,1%), Palmeiras (-13,0%), Grêmio (-12,2%), Coritiba (-12,1%), Goiás (-11,0%), Atlético-MG (-10,7%), Figueirense (-9,5%), Cruzeiro (-8,5%), São Paulo (-7,8%) e Santos (-7,8%).

Os que apresentaram um quadro um pouco abaixo do razoável estão o Guarani (-7,8%), Ponte Preta (-6,6%), Náutico (-6,3%), Vasco (-5,9%).

Entre os razoáveis, estão o Avai (-3,7%), Internacional (-3,7%), Sport (-0,5%), Vitória (-0,3%), e Atlético-GO (-0,3%). O único positivo foi o Atlético-PR, com 9,5%.

No geral, tivemos uma receita bruta de R$ 3.248,2 MM, despesas financeiras de R$ -327,9 MM e um percentual médio de participação entre os dois segmentos de -10,1%.

Na verdade existem clubes que trabalham para pagar essas despesas, fato esse que reflete muito nas suas vidas financeiras.

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Acontece
CBF aumenta repasse para Federações
postado em 29 de maio de 2013

FOLHA DE SÃO PAULO


O presidente da CBF, José Maria Marin, abriu os cofres da entidade para agradar às federações estaduais em seu primeiro ano de mandato. Em 2012, ele repassou R$ 27 milhões para as federações.

O valor é 62,79% superior ao enviado por Ricardo Teixeira em 2011 --R$ 16,7 milhões. Os dados constam no balanço financeiro da entidade, publicado em abril.

As federações são decisivas na eleição da CBF. Com 27 votos, são maioria.

Além delas, os 20 clubes que disputam a Série A participam do pleito. Em abril de 2014, cartolas se reúnem para escolher o sucessor Marin.

No cargo desde março de 2012, o presidente já adiantou que não será candidato.

Em alguns casos, a CBF quase que dobrou o repasse. Comandada por Delfim Peixoto, a federação catarinense recebeu R$ 759 mil, ante R$ 410 mil em 2011.

Peixoto foi um dos principais articuladores para a posse de Marin. Por sua lealdade, ganhou a chefia da delegação da seleção masculina nos Jogos de Londres-2012.

A federação cearense foi a que mais recebeu: R$ 1,5 milhão. A capixaba foi também agraciada com um aumento generoso. Em 2011, a federação declarou ter ganho R$ 572 mil. No ano seguinte, o repasse subiu para R$ 911 mil.

Atualmente, Marin tem o apoio de todas as federações. No mês passado, as entidades aprovaram por unanimidade as contas do seu primeiro ano à frente da CBF.

No mesmo dia, a Folha revelou detalhes da aquisição da nova sede da entidade por R$ 70 milhões. Documentos apontam superfaturamento na compra do prédio.

Desde que assumiu o cargo, Marin tem cercado de favores os presidentes de federações. Por exemplo, convidou todos para a Olimpíada de Londres com os custos bancados pela confederação.

Questionada sobre os repasses, a assessoria de imprensa da CBF não respondeu às perguntas.

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Brasileiro Série B
Com gosto de goleada
postado em 29 de maio de 2013


Zagueiro comemora gol marcado contra ABC. Foto: Rodrigo Lôbo/ JC Imagem


CLAUDEMIR GOMES

 

A vitória magra do Sport sobre o ABC - 1x0 - produziu o efeito de uma goleada. Naturalmente que não estamos nos referindo à reação da torcida rubro-negra que compareceu em pequeno número, e deixou o estádio consciente de que o time precisa melhorar muito.

É importante dizer que o jogo foi ruim tecnicamente, mas o simples fato de somar os três pontos em disputa e interromper uma série de cinco derrotas deu uma dimensão extraordinária ao fato.

Iniciar um trabalho com vitória foi positivo para o técnico Marcelo Martelotte, que, mais uma vez, viu a equipe leonina tropeçar nas próprias pernas. Falta de objetividade, de criatividade e até de inteligência continuam sendo marcas registradas do futebol apresentado pelo time da Ilha do Retiro.

Após um primeiro tempo equilibrado, onde Magrão apareceu em duas defesas espetaculares, o Sport voltou mais incisivo do vestiário e aos 2 minutos o zagueiro Gabriel marcou o único gol da partida, que se tornou dramática com a pressão exercida pelo ABC nos dez minutos finais.

Num futebol de resultados, e pelas circunstâncias do momento, a vitória pura e simples foi bastante festejada pelos jogadores que pareciam ter se livrado de uma inhaca que levou o clube a sucessivos fracassos.

Magrão, Tobi e Gabriel, jogadores de contensão, foram os destaques do Sport. As deficiências do Leão são bastante claras.

OUTROS RESULTADOS:

Paraná 0x0 São Caetano; Ceará 1x0 Paysandu; América/RN 1x1 Icasa; Avaí 2x1 Guaratinguetá; Atlético/GO 2x1 Joinville; América/MG 2x4 Figueirense; Bragantino 0x1 Boa Esporte; Chapecoense 1x1 Oeste e ASA 0x3 Palmeiras.

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Brasileiro Série B
Não é hora de achismo
postado em 28 de maio de 2013

CLAUDEMIR GOMES


O futebol também tem espaço para o achismo. Todo mundo acha tudo. E cada um que seja mais dono da verdade do que o outro. O achismo começa com o torcedor e termina com o cronista esportivo. Bastou uma rodada ser disputada no Brasileiro para se falar em candidatos a acesso e descenso. Como diz o amigo, Marcos Belfort, "são os poetas do apocalipse".

E dentro deste conceito de tudo ou nada, o Sport irá a campo, hoje à noite, na Ilha do Retiro, para buscar uma vitória diante do ABC, como poucas vezes ocorreu em sua recente história. É que a seqüência de cinco derrotas tem tirado o sono da nação rubro-negra, que se sente desconfortável com o fato atípico.

A presença do técnico Marcelo Martelotte no banco é um sintoma de que a atitude do grupo deve mudar. O novo treinador não teve tempo para trabalhar a parte tática, e terá no resgate da auto-estima à ferramenta capaz de levar seus comandados a uma reação diante do adversário que também tropeçou na primeira rodada da Série B.

A programação de três partidas no espaço de oito dias, com viagens intercaladas, inviabiliza a realização de um bom trabalho de campo. E a pisada será essa até o recesso para a Copa das Confederações.

Enfim, até a sexta rodada Martelotte vai dispor de pouco tempo para comandar treinos, terá que corrigir posicionamentos e fazer ajustes através de uma boa comunicação verbal, e usar essa meia dúzia de jogos como laboratório. Em julho a disputa começa pra valer. As tendências serão formadas e o achismo exercitado como nunca.

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